Da alma, e de quanto tiver,
Quero que me despojeis
Contando que me deixeis
Os olhos para vos ver
Cousa este corpo não tem
Que já não tenhais rendida;
Depois de tirar-lhe a vida,
Tirai-lhe a morte também
Se mais tenho que perder,
Mais quero que me leveis,
Contanto que me deixeis
Os olhos para vos ver.
2011 | Viana do Castelo